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sexta-feira, 5 de julho de 2013

O desafio da igualdade de genêros nas corporações do Brasil


  
    A Bain & Company lançou recentemente o relatório: "Sem atalhos: o caminho das mulheres para alcançarem o topo" (clique para ir para o relatório). Em 19 páginas o relatório traça o perfil do alto escalão das empresas brasileiras e das dificuldades para a mulheres chegarem lá.
   De acordo com o relatório, 14% dos cargos executivos e apenas 4% dos CEOS brasileiros são mulheres. Se levarmos em conta que as mulheres representaram só em 2011 58% dos alunos universitários do país, esse baxíssimo número de mulheres no comando levanta a reflexão de porque estando tão preparadas, elas não não chegam lá.
   O relatório aponta que entre as razões para as mulheres não serem promovidas estão as prioridades conflitantes (trabalho x família), a diferença de estilos entre homens e mulheres e o viés organizacional.
   "Mesmo sendo consideradas igualmente capazes em entregar resultados, a mulher ainda é menos valorizada pela forma adotada para alcançar tal objetivo. Se elas abordam seu trabalho com um estilo diferente do masculino, fica difícil convencerem seus chefes homens que são as pessoas certas para a promoção. Principalmente, se eles preferem trabalhar com pessoas cujo estilo é semelhante ao seu. Este é o problema-chave do viés de gênero e torna extremamente difícil a existência de meritocracia".
   Essa ausência de uma meritocracia aliada a rigidez de como as funções devem ser realizadas dentro da organização acaba afastando grandes talentos femininos do mercado. Sem reconhecimento e impedidas de subir na carreira, muitas mulheres acabam ocupando cargos menores, abrindo empresas ou até mesmo saindo do mercado de trabalho.
   "A abordagem destas questões de paridade de gênero é difícil. Ela exige mudança em crenças e comportamentos, e para isto é necessário um comando forte e comprometido e ações com horizonte de longo prazo. Se a liderança incentivar ambientes que valorizam e promovam uma grande variedade de estilos e modelos de trabalho, as profissionais brasileiras terão maiores chances de exercerem seu potencial talento em postos de alta gestão e gerarem melhores resultados para as organizações nas quais trabalham".
   Incentivar que a igualdade de genêros seja discutida na organização traz resultados positivos, aumentando o nível de comprometimento das mulheres com a organização. A paridade de genêros no ambiente de trabalho retém talentos e colabora para tornar possível as mudanças de culturas organizacionais impressindíveis para criação de processos produtivos mais sustentáveis - tanto ambientalmente, quanto socialmente.

  

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