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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Curso de Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional - OHSAS 18001:2007 em Piracicaba

    As inscrições estão abertas e podem ser feitas em nosso site. Para saber mais sobre as inscrições, o valor do investimento e outras informações acesse:

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Manual de Produtos Químicos da CETESB

   Para quem ainda não conhece, a CETESB disponibiliza em seu site o Manual de Produtos Químicos, que fornece informações sobre diversos aspectos de vários produtos químicos relativas à segurança, saúde, proteção e meio ambiente.  
   Além das informações usuais de uma ficha de segurança de produto químico, estão também disponíveis: informações ecotoxicológicas, métodos de coleta, neutralização e disposição final, potencial de concentração na cadeia alimentar, demanda bioquímica de oxigênio, entre outras.

Produtos Químicos


   Apesar dessas informações, este manual não pode ser considerado uma coletânia de FISPQ - Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos, uma vez que as fichas não foram elaboradas em conformidade com a Norma Técnica NBR-14.725 da ABNT (2001).
   Nas fichas da CETESB você encontra a identificação do produto, medidas de segurança, risco ao fogo, propriedades físico-químicas e ambientais, informações toxicológicas, entre outros.

     Abaixo um exemplo da ficha de "Óleos Combustíveis (ABF E BPF)":


   Está com dúvida sobre algum produto químico? Acesse o Manual aqui!
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Motivação no ambiente de trabalho e o sistema de recompensas de Ichak Adizes



   Manter os colaboradores motivados e atuantes dentro da organização não é tarefa fácil. Ichak Adizes em seu livro “Os ciclos de vida das organizações: como e por que as empresas crescem e morrem” trata também de um subsistema de recompensas dentro das organizações.
   De acordo com seu livro, o subsistema de recompensas lida com variáveis que motivam as pessoas a realizarem uma tarefa. Ele possui dois subsistemas, cada um deles com diversas variáveis, que poderiam também ser sistemas. O primeiro envolve as recompensas extrínsecas – as recompensas que as pessoas desejam, mas cujo valor é determinado por forças externas. Essas recompensas não estão ligadas à tarefa e às responsabilidades da pessoa. Há dois tipos de recompensas extrínsecas:
  • Os salários, benefícios, bonificações, participação nos lucros e outros retornos econômicos; e
  • As recompensas não pecuniárias, tais como símbolo de status, títulos, honrarias, tamanho e localização da sala e a chave do banheiro executivo.
   Outro subsistema é o das recompensas intrínsecas. O valor percebido dessas recompensas independe de qualquer confirmação externa, provindo apenas da tarefa que é realizada. Se a tarefa for eliminada, desaparecerá a fonte de experiência gratificante. São de três tipos: tarefa, potência e missão.
   No caso de recompensas econômicas, a pessoa não precisa executar tarefa alguma para sentir-se recompensada, desde que receba um salário ou uma bonificação. Mas o valor desse dinheiro depende do que ela acredita que os demais estão recebendo por tarefas comparáveis e do quanto esse dinheiro consegue comprar.
   O dinheiro e o seu valor precisam ser medidos por um sistema de confirmação dissociado tanto da tarefa quanto de quem recebeu o dinheiro.
  As recompensas não pecuniárias também precisam de uma confirmação externa de seu valor. Uma escrivaninha com tampo de vidro não tem significado algum nos EUA, mas na Turquia significa que quem usa é um executivo de elevada posição e status; carpetes espessos não tem significado algum na Turquia, mas têm um sentido bem preciso nos EUA. Portanto, o valor depende do significado simbólico que se atribui a ele e do que a pessoa que confere o símbolo deseja transmitir. A recompensa não pecuniária não depende de uma tarefa ou responsabilidade para ser gratificante: basta que seja reconhecida pelos demais.
   Se alguém recebe o título de vice-presidente e uma vaga especial no estacionamento, mas ninguém fica sabendo, o próprio segredo elimina a recompensa, pois as recompensas extrínsecas não pecuniárias estabelecem uma hierarquia que precisa ser divulgada.
   Já as recompensas intrínsecas constituem uma experiência gratificante mesmo que ninguém fique sabendo. Elas existem se a tarefa estiver sendo realizada. Recompensas intrínsecas da tarefa são as recompensas provenientes da própria execução da tarefa. A recompensa intrínseca da tarefa é uma função do quanto a tarefa e a responsabilidade estão de acordo com a personalidade e a constituição psíquica de quem realiza a tarefa.
   A recompensa intrínseca de potência é a recompensa intrínseca proveniente do senso de potência, do fato da pessoa perceber que é capaz de fazer algo, mesmo que ela não aprecie necessariamente fazer esse algo. A possibilidade de fazê-lo em si é gratificante.
  A recompensa intrínseca da missão é a recompensa proveniente da sensação de estar cumprindo uma Missão, de se estar caminhando para atingir uma meta superior à tarefa imediata sendo executada.
   Como diferem as recompensas? As recompensas extrínsecas só são percebidas como recompensas se forem cada vez maiores. Mantidas constantes, seu impacto motivacional é bastante limitado – digamos duas semanas. Assim, um aumento de salário é ótimo por duas semanas; mas então o empregado quer mais. O mesmo acontece com os títulos e outros sinais não pecuniários de reconhecimento. Sua vida útil é curta. Para manter alguém motivado é preciso sempre conceder-lhe mais. A recompensa intrínseca, por outro lado, é sentida cada vez que a tarefa é realizada.
   Utilizar apenas um dos tipos de recompensa não é suficiente para manter o colaborador motivado, é preciso criar uma rede de recompensas que instigue a motivação dentro da organização.



Esse trecho foi adaptado do livro “Os ciclos de vida das organizações: como e por que as empresas crescem e morrem”, p. 296 a 304.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Educação ambiental no mundo do trabalho: o ser humano no seu mundo


Nos últimos anos vem ocorrendo à incorporação dos conceitos de desenvolvimento sustentável e de atuação responsável pelas empresas, o que requer uma mudança de cultura e exige um programa de educação ambiental que mobilize todos os seus níveis hierárquicos.
Dessa forma, o meio ambiente é um agente catalisador do processo de interação dentro de uma empresa e não pode ficar restrito ao treinamento pontual que vise apenas à certificação. Um sistema de gestão ambiental não tem como objetivo cuidar do meio ambiente e sim a melhoria do desempenho ambiental e operacional de uma organização.
Esse processo começa com a compreensão das questões ambientais envolvidas nos processos da empresa, sejam eles de produção ou administrativo. Todo colaborador deve estar consciente das questões ambientais presentes em seu ambiente de atuação, do seu desempenho ambiental e do próprio desempenho operacional.  Para tanto, pode-se desenvolver um programa de educação ambiental que envolva um conjunto de atividades sistematizadas, e com a participação dos diversos setores da organização, que não pode estar distanciado da realidade operacional e ambiental da empresa, bem como do contexto de vida de seus colaboradores.
            Poucos são os trabalhos que relacionam a educação ambiental no ambiente corporativo. Normalmente a educação ambiental efetuada pelas empresas é praticada fora de seus limites, para um público diverso ao da empresa, como por exemplo, patrocinando projetos em escolas.
            O que se apreende é que a educação ambiental ficou distanciada em certa medida do ambiente corporativo, apesar do trabalho e da produção ocupar papel central da vida e da cultura humana sendo determinante para as transformações do ambiente. Por meio do trabalho, ocorre um processo que simultaneamente altera a natureza e autotransforma o próprio ser que trabalha (BETTEGA, 2009).
            Historicamente construiu-se a visão de que o trabalho sobremaneira aliena e “coisifica” o ser humano, o transforma no homo faber desprovido de significação, mero objeto.  Porém, o trabalho carrega consigo diversas significações e dimensões, porque o mundo do trabalho é essencialmente mundo dos sujeitos que com sua subjetividade faculta outros significados a sua prática para além de simples mercadoria ou elemento impessoal da organização produtiva (BETTEGA, 2009).
            O mundo do trabalho e, portanto das empresas, não pode ser encarado como algo mecânico, duro e frio que se dá sem a presença de homens e mulheres. Ao contrário é um espaço pujante de significações, parte importante da vivência em sociedade, onde o ser humano constrói suas percepções de mundo baseadas nas relações com o outro em sua vida cotidiana e com o ambiente que o cerceia, portando recebe e troca e transforma a realidade, trazendo seus sentidos próprios para dentro e para fora do ambiente corporativo.
            Paulo Freire (1983) nos aponta que o “o homem não pode ser compreendido fora de suas relações com o mundo, de vez que é um “ser-em-situação”, é também um ser do trabalho e da transformação do mundo”.
            A educação ambiental, não derrogando sua visão critica da sociedade, precisa ocupar os espaços onde há seres humanos que atuam na sociedade. O mundo do trabalho dentro das fábricas é um destes espaços. O desafio deste processo é entender o meio como campo de relações intensas e os seres como sujeitos protagonistas estruturando uma educação ambiental que “recusando tanto o desespero quanto o otimismo ingênuo” seja, portanto esperançosamente critica (FREIRE, 1983). 
                                  
“E sua esperança critica repousa numa crença também critica: de que os homens podem fazer e refazer as coisas; podem transformar o mundo. Crença em que, fazendo e refazendo as coisas os homens podem superar a situação em que estão sendo um quase não ser e passar a ser um estar sendo em busca do ser mais”.

            Dessa forma, deve-se considerar uma abordagem educacional que se fundamente na experiência intensa e íntima do grupo, respeitando os diferentes saberes e fazeres, suscitando condições para que o grupo crie um fazer educacional que lhe seja próprio e condizente com sua realidade (OLIVEIRA, 1995).
            A educação ambiental não tem a intenção de ser radical, e sim de ser um processo transdisciplinar, transformador e consciencioso que tem a intenção de interferir de forma direta com hábitos e atitudes dos cidadãos. Esta ciência visa o desenvolvimento da consciência ambiental e da cidadania ecológica do individuo, onde é estabelecido o respeito entre os seres vivos que existem em nosso planeta e melhoraria da estrutura de uma sociedade (QUINTAS, 2003).
O processo educativo busca a emancipação, que na filosofia, na teoria educacional e na prática política, remete a dois conceitos que, por serem pressupostos do processo emancipatório, permitem entender o seu significado: liberdade e autonomia. Estes conceitos não se referem a estados absolutos que se alcançam e tudo está resolvido. São processos que se vinculam as condições e as possibilidades em uma sociedade e em determinada época. Desta maneira não há emancipação fora da história, da natureza. Logo, a emancipação não é um movimento linear e automático de sair de um padrão para outro, mas dinâmico, pelo qual superamos limites identificados ao longo da existência (LOUREIRO, 2007).
O processo emancipatório almeja, portanto, a construção de uma nova sociabilidade e organização social na qual os limites que se objetivam na política, na educação, nas instituições e nas relações econômicas possam ser superados democraticamente. Em um processo que se afirme como emancipatório, as relações sociais se pautam pela igualdade e justiça social, pelo respeito à diversidade cultural, pela participação e pela autogestão. Em síntese, assumir a emancipação como pressuposto da Educação Ambiental exige de cada um de nós reflexão, conhecimento, crítica e autocrítica, exercício político e compromisso social em torno de mudanças profundas e da consolidação de “sociedades sustentáveis” (LOUREIRO, 2007).
Assim a educação ambiental conduz os profissionais a uma mudança de comportamento e atitudes em relação ao meio ambiente interno e externo  às  organizações.  A educação ambiental nas empresas tem um papel muito importante, porque desperta cada funcionário para a ação e a busca de soluções concretas para os problemas ambientais que  ocorrem  principalmente  no  seu  dia-a-dia, no  seu  local de trabalho,  na  execução  de  sua  tarefa,  portanto  onde  ele  tem  poder  de  atuação  para a melhoria  da  qualidade  ambiental  dele  e  dos  colegas.  Esse tipo de educação extrapola a simples aquisição de conhecimento (VIEIRA, 1998 apud ADAMS, 2005).



Referências do Texto

BETTEGA, J. J.  A experiência da espiritualidade e sua relação com o desempenho dos trabalhadores em uma indústria metalúrgica do segmento eletroeletrônico. Dissertação (mestrado) Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul, 2009.

FREIRE, P. Extensão ou Comunicação? Trad. Rosisca Darcy de Oliveira. 7 ed. Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1983. (O Mundo, Hoje, v. 24). 

LOUREIRO, C. F. B. Emancipação. Em: Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras(es) Ambientais e Coletivos Educadores - Volume 2. Luiz Antonio Ferraro Júnior, organizador. - Brasília: MMA, Departamento de Educação Ambiental, 2007

QUINTAS, J. S. Educação no processo de gestão ambiental: uma proposta de educação ambiental transformadora e emancipatória. Brasília, Ago. 2003

OLIVEIRA, E. M. Educação Ambiental, Uma Possível Abordagem. IBAMA – Brasília, 1995.



Mais sobre Educação Ambiental?




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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Curso de "Elaboração de Programas e Projetos de Educação Ambiental"


   As mudanças nas organizações só ocorrem quando há motivação, sensibilização e comprometimento de todos, por isso a Educação Ambiental é a base para o sucesso da gestão ambiental em qualquer segmento.

   O objetivo do curso é proporcionar aos profissionais das mais diversas áreas do conhecimento subsídios para a elaboração e implantação de projetos e programas de educação ambiental em suas respectivas organizações, valorizando a troca de experiências e a construção participativa




As inscrições já estão abertas!

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Trabalho que Adoece o Viver



No ambiente corporativo, o compromisso com a produtividade crescente no curto prazo, exige profissionais multifuncionais, capazes de intensificar o ritmo de trabalho para cumprirem metas cada vez mais audaciosas. Trabalhadores polivalentes (com salários hipovalentes) esforçam-se para driblar as pressões cotidianas, e manterem-se em seus postos de trabalho.
A pressão para cumprir metas a todo custo, muitas vezes leva gerentes a comportamentos agressivos, abusivos e humilhantes, dentro de um clima permissivo, criado pela própria organização, para punir profissionais que não atingem suas metas.
Está aumentando a exposição sistemática dos trabalhadores a fatores de riscos psicossociais, como pressão para produção, formas de intimidação e de controle, em ambientes marcados por cobrança desmedida, desrespeito, constrangimento, ofensa, comentários depreciativos, perseguição, agressão, punição, represália e humilhação.
É a prática do assédio moral, que pode ser classificado em 4 categorias: o isolamento, caracterizado por ignorar a presença do trabalhador, impossibilitar a sua comunicação e o dialogo; a dignidade violada, caracterizada por gestos de desprezo e insinuações desdenhosas, zombarias, injurias, atribuição de trabalhos degradantes; o atentado as condições de trabalho, caracterizado por dar instruções impossíveis de executar ou não explicar toda a tarefa ao trabalhador, privá-lo de informações uteis ou acesso aos instrumentos de trabalho para executar sua atividades, criticar seu trabalho de maneira injusta ou exagerada, retirar o trabalho que lhe compete, atribuir-lhe sempre novas tarefas inferiores às suas competências, agir de modo a impedir que obtenha promoção; e, a violência verbal, física e sexual, caracterizada por invasão de privacidade, espionagem, ameaças de violência física que podem chegar à agressão, empurrões e gritos ou agressões sexuais.
O assédio constante é uma sobrecarga psicológica para o trabalhador que pode colocar em risco sua integridade emocional e ter reflexos além da vida profissional, em sua vida pessoal, familiar e social, podendo até suscitar transtornos mentais.
A incidência desses transtornos está aumentando em trabalhadores e, segundo estudos, estão entre as principais causas de perdas de dias no trabalho. Os transtornos mentais leves causam em média perda de quatro dias de trabalho/ano e, os mais graves, cerca de 200 dias/ano.
A Organização Mundial da Saúde sinaliza a depressão como a principal causa de perda de trabalho no mundo, projetando que antes do ano de 2020, ela aparecerá como a principal causa da incapacitação de trabalhadores. No Brasil, é a 4ª maior causa de afastamento do trabalho.
Juntamente com a prevenção das doenças físicas, cresce o desafio de enfrentar os riscos psicossociais nas empresas. É necessário incluir programas de prevenção ao assédio moral, para tornar o trabalho, parte importante da existência humana, em algo a ser vivenciando com dignidade e significado.
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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Novas regras para recebimento e da destinação final de Pilhas e Baterias

 Saiu no dia 3 de setembro a Instrução Normativa IBAMA nº 8 que regula os procedimentos relativos ao controle do recebimento e da destinação final de pilhas e baterias ou produto que as incorporem para os fabricantes nacionais e importadores.
  A partir de agora é os fabricantes nacionais e importadores precisarão declara todas as informações sobre o produto (desde sua composição até como será feita a coleta, o transporte e a disposição final após o uso do produto) no Relatório Anual de Atividades, do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais - CTF. As Pilhas e baterias contarão com coleta específica, não podendo ser descartadas no lixo comum.
   Aprovada desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece em seu artigo 33, inciso II a obrigatoriedade da implementação de logística reversa independente da  para pilhas e baterias. A Instrução Normativa do IBAMA vem estabelecer regras de como se estruturará essa logística reversa e as responsabilidades dos fabricantes nacionais e importadores.



Quer ler a Instrução Normativa na íntegra? Clique aqui!
Mais sobre pilhas e baterias? Consulte a   Resolução CONAMA Nº 401/2008
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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Curso "Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais" em Piracicaba

As inscrições para o curso "Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais" já estão abertas. 


Visite nosso site e se informe sobre o valor do investimento!

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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sustentabilidade em eventos: Norma ABNT NBR ISO 20121:2012

 A ABNT publicou, em 25.07.2012, a norma ABNT NBR ISO 20121:2012 - Sistemas de gestão para sustentabilidade de eventos - Requisitos com orientações de uso. 


O objetivo desta Norma é especificar os requisitos de um sistema de gestão para sustentabilidade para qualquer tipo de evento - empresarial, acadêmico, esportivo, cultural, político - ou atividades relacionadas a eventos, bem como fornece orientações sobre a conformidade com esses requisitos.

Eventos trazem diversos benefícios para os que dele participam. Grandes eventos, por exemplo eventos esportivos, podem gerar benefícios econômicos, públicos e deixar legados para a sociedade. Porém, eventos também podem gerar impactos negativos para o ambiente e para a comunidade. 

Dessa forma, ao se aplicar os requisitos da Norma os organizadores deparam-se com o desafio de melhorar seus processos e ser criativos na organização dos eventos para melhorar os aspectos ambientais, sociais e econômicos, como a escolha de materiais mais sustentáveis, minimização do uso de recursos, redução da emissão de poluentes, pensar na acessibilidade, na segurança e tranquilidade da comunidade do entorno, nos deslocamentos de pessoas para o evento, no legado pós-evento, dentre outros.

Ao se deparar com tais questões os organizadores podem estabelecer um processo de melhoria contínua e benchmarking para futuros eventos. Desse modo, além da finalidade da organização do evento, pode-se  maximizar os benefícios dessa atividade.

A ISO 20121:2012 está estruturada de forma que os organizadores possam melhorar seu planejamento e processos para minimizar os impactos potencialmente negativos que venham a ocorrer durante todo o ciclo do evento, ou seja, desde a concepção e planejamento, até as atividades de implementação (do evento em si) e do pós-evento. Assim, a Norma aplica-se a todos os integrantes da cadeia de suprimentos, que auxiliarão na realização do evento.

Em eventos menores e reuniões, também é possível pensar nos aspectos ambientais, como a minimização de resíduos. Em 2007, o Programa USP Recicla, do campus "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), elaborou um folder com o objetivo de informar como é possível adotar práticas ambientais coerentes e simples no planejamento e na realização de eventos e reuniões dentro do campus.
São dicas simples que podem ser adotadas por qualquer organização e de qualquer porte.
O folder pode ser acessado em: Minimização de resíduos em eventos e reuniões

Detalhes da Norma publicada pela ABNT.

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Consulta Pública Proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico

Está disponível para consulta pública a Proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico no Site do Ministério das Cidades:



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sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Logística Reversa


   A logística reversa estreou no cenário legal brasileiro com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010 e desde então sua implantação vem sendo discutida e construída entre os setores.
   No inciso XII do art. 3, a PNRS define logística reversa como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. 
   O art. 33 estabelece que “são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: 
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; 
II - pilhas e baterias; 
III - pneus; 
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes”. 

   É importante entender que a logística reversa não é um mecanismo que só responsabiliza o setor produtivo: ela deve envolver toda a sociedade para que possa funcionar de maneira eficiente. Os consumidores, por exemplo, terão o dever de separar adequadamente seus resíduos e entregá-los a coleta apropriada.
  A implementação dessa logística se daria por meio de acordo setoriais que ainda estão sendo discutidos. Esses acordos são atos de natureza contratual entre o poder público, fabricantes, distribuidores, importadores ou comerciantes com a finalidade de implantar a logística reversa compartilhada.
  Recentemente o Ministério do Meio Ambiente lançou dois editais de chamamento para elaboração destes acordos: o primeiro trata das lâmpadas fluorescentes, de vapor sódio e mercúrio e de luz mista e o segundo abrange embalagens em geral, envolvendo, produtos nelas comercializados (leia a notícia aqui).
   A logística reversa faz parte de um conjunto de instrumentos propostos na PNRS para tentar equacionar o problemático cenário dos resíduos sólidos no Brasil e como tal, deve ser encarada como mais uma forma de se garantir que recursos não sejam imobilizados em aterros ou simplesmente se tornem fontes de poluição ambiental.
   Ainda será preciso percorrer um longo caminho até que a logística reversa e os outros instrumentos da PNRS façam parte do dia a dia do brasileiro.
   
   O cenário Brasileiro
   No Brasil, 27,7% dos municípios destinam seus resíduos coletados para aterro sanitário e 17, 87% apontam a existência de algum tipo de iniciativa de coleta seletiva. Só no ano de 2008, foram coletados 183.488t/dia de resíduo sólido domiciliar urbano (48.992t foram para aterros sanitários e 134.496t para lixões e aterros controlados). No ano, estes 72,3% de resíduo disposto inadequadamente representaram 48.418.560t.


Aterro do Pau Queimado em Piracicaba - SP
  



Para saber mais sobre o assunto:


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Curso: Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Micro e pequenas empresas e a sustentabilidade









As microempresas e empresas de pequeno porte, em conjunto com as médias empresas, possuem participação econômica e social significativa no Brasil, bem como na maior parte dos países. 
As principais contribuições das Microempresas e Pequenas Empresas (MPEs) são a criação de novos empregos, a introdução de inovações, o estímulo a competição econômica, o auxílio às grandes empresas com a distribuição e fornecimento de bens e serviços e, a produção eficiente de bens e serviços (LONGENENECKER et al, 2007). Pode-se citar, além do impacto econômico, o beneficio social dos pequenos empreendimentos:



“Empreendedores montam negócios para realizar sonhos – deles próprios, de suas famílias, de seus empregados ou da comunidade onde vivem. Quando escrevemos sobre pequenas empresas, portanto, estamos escrevendo sobre indivíduos cuja vida empresarial exerce um impacto sobre um grande número de pessoas” (Longenenecker et al, 2007 pág. IX)


Porém, os impactos ambientais oriundos destas empresas são pouco estudados e, mesmo que suas ações não possam ser comparadas em magnitude às das grandes empresas, quando em conjunto as externalidades negativas que podem causar à comunidade não devem ser negligenciadas.

Hillary (2004) cita que apesar de constituir a grande maioria das empresas na Europa, os impactos ambientais das empresas de pequeno porte são desconhecidos a nível local e regional, mas há dados de que poderiam em conjunto contribuir com 70% da poluição industrial dessa região.
Conforme a publicação Industry and Environment, UNEP (2003), na Índia estima-se que as empresas de pequeno porte em conjunto com as médias, produzem mais de 65% de resíduos industriais. No Canadá e no Reino Unido as emissões tóxicas a partir de instalações de indústrias de pequeno porte aumentaram 32% entre 1998 e 2000, apesar de poluição industrial global ter diminuído 4%. A ONG canadense The Foundation for International Training, em um estudo recente na Província de Jiangsu, China, levantou que 67,7% das empresas de pequeno porte estavam produzindo intensa carga de poluição e 28,5% causavam uma poluição moderada (UNEP, 2003).

Segundo estudo recente do Sebrae a maioria dos pequenos negócios praticam ações de sustentabilidade. Essa foi a principal conclusão de uma sondagem realizada pelo Sebrae, no começo deste ano, com quatro mil micro e pequenas empresas (MPE) de todo o país, dos setores de comércio e serviços (50%), indústria e construção civil (46%) e agronegócios (4%). 
O objetivo era medir a percepção do empresariado sobre o tema sustentabilidade. A sondagem mostrou que pequenos negócios já adotam medidas importantes, como redução do consumo de água (80,6%) e de energia (81,7%), coleta seletiva de lixo (70,2%) e descarte adequado de resíduos tóxicos (65,6%), a exemplo de solventes e cartuchos de tinta. 

“Esse conjunto de informações indica um enorme potencial para trabalhar a questão junto ao empresariado e para que ações de sustentabilidade sejam incorporadas. A proposta é mostrar que não há contradição entre o mundo dos negócios e a questão ambiental. Pelo contrário, a prática de ações sustentáveis é um importante diferencial no mercado. As MPE não podem ficar de fora do debate. Ignorar essa agenda significa menos competitividade", reforçou Luiz Barretto.

O diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, apresentou três casos de negócios de diferentes segmentos que apostaram nesse diferencial. A lavanderia Prillav (MT), a Pousada do Sol (SE) e a Cachaçaria Extrema (RN) investiram, respectivamente, R$ 150 mil, R$ 92 mil e R$ 230 mil em adaptações nas empresas para implantar ações sustentáveis. Com retorno médio de dois anos, os empreendimentos economizaram energia elétrica, água, embalagens e outros insumos.

"Existem sete mil lavanderias, 22 mil pousadas e 40 mil cachaçarias registradas no país. Se cada um desses empreendimentos adotarem mudanças, isso dá uma ideia do impacto que pequenas medidas podem ter quando adotadas em grande escala. O desafio do Sebrae é massificar essas iniciativas que são viáveis economicamente. As micro e pequenas empresas têm grandes possibilidades para inovar e as que não fizerem isso terão dificuldades de sobrevivência", advertiu Carlos Alberto dos Santos.

Gosto muito dessa fala de um entrevistado de um trabalho acadêmico que fiz sobre gestão ambiental e pequenas empresas do setor metalúrgico de Piracicaba, pois é uma visão bastante rica da percepção dos benefícios da gestão ambiental para empresas de menor porte:
     
      “Diretamente, a própria exigência dos clientes ‘ou você tem a certificação ou você deixa de ser nosso fornecedor’ significa mantermos-nos competitivos. Então obrigatoriamente teria [benefícios]. Eu vejo que do ponto de vista econômico, olhando sob o ponto de vista de alguém que só pensa em retirar sem pensar na comunidade, vamos fazer esse raciocínio: é mais barato você produzir agredindo o meio ambiente, seria muito mais fácil, seria mais econômico. Seria isso se você tem uma visão egoísta, não tem nenhuma preocupação com seu futuro ou com as próximas gerações. Mas se nos pensamos que isso é um negócio que tem que continuar, a idéia de uma empresa é se perpetuar, não é uma sociedade para fins específicos que vai morrer ao fim do período, e sim que ela se perpetue. Então, nós vivemos nessa cidade e precisamos fazer a nossa parte. E sabemos que, até para a gente ter a água amanhã, se nós não cuidarmos disso aqui, se nós poluirmos o lençol freático como é que vamos ter água boa amanhã para beber? Como é que nossos colaboradores, se não são saudáveis, como é que vai ter produtividade para ser competitivo? Então, volta a questão não é só consciência ambiental, mas é a consciência do longo prazo. Você quer continuar vivendo? Quer continuar existindo como empresa? Quer continuar sendo competitivo?
Se nós tivermos uma sociedade ruim qual vai ser a produtividade dos nossos colaboradores? Qual vai ser o preço dos nossos produtos?
Então, em uma primeira análise é mais barato jogar fora que você não gasta nada, só que no longo prazo vai sair mais caro. Ao longo prazo morre as condições.
Tem resíduos que poderiam ser transformados em valor comercial, incentivo para os funcionários obterem melhorias.
As grandes empresas já têm ações; o que precisa é decretar essa consciência nas médias e pequenas empresas. É um trabalho aí de muita paciência. Porque ainda existe uma idéia de que isso é custo. Tem que mostrar que o custo é inóspito, ou se bem feito pode até gerar lucro, tem que mostrar isso.”


Veja o estudo do Sebrae em: 

O que pensam as micro empresas sobre sustentabilidade

Bibliografia: 


HILLARY, R. Environmental management systems and the smaller enterprise. Journal of Cleaner Production, ed. 12, 2004: 561–569. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6VFX-4B1SK17-2&_user=5674931&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000049650&_version=1&_urlVersion=0&_userid=5674931&md5=76f42ad246c9176dde7cec434d116995>.Acesso em: 24 março 2009.
  
INDUSTRY AND ENVIRONMENT, Volume 26, N° 4. Paris: UNEP, 2003. Disponível em: <http://www.uneptie.org/media/review/vol26no4/IE26_4-SMEs.pdf>. Acesso em: 10 maio 2009.

LONGENECKER, J. G. [et al]. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Thomson Learnig, 2007.

SUCHÁNEK, Z.  Environmental management systems for Small and Medium-sized organizations (SMES). DHV, 2005. Disponível em: <http://www.ihi-zittau.de/bwl/veranst/eu_1jahr/Vortrag_Suchanek.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2009.



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